quarta-feira, 13 de julho de 2011

12.07.2011
Unimed e hospitais decidem em audiência na AL realizar nova reunião nesta quarta


A Unimed Fortaleza e a Associação dos Hospitais do Estado do Ceará (Ahece) se reunirão nesta quarta-feira (13/07), a partir das 14h, para buscar um acordo para o impasse gerado em torno do reajuste dos contratos firmados entre os hospitais e a operadora de saúde. O encontro foi definido durante audiência pública das comissões de Defesa do Consumidor e de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa, realizada na tarde desta terça-feira (12/07), por iniciativa dos deputados Fernando Hugo (PSDB), Lula Morais (PCdoB), Heitor Férrer (PDT), Mirian Sobreira (PSB) e Stanley Leão (PTC).

Durante o debate, presidido por Fernando Hugo, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, a Unimed foi o foco. De acordo com o parlamentar, a não formalização de um novo acordo com as cooperativas "seria uma catástrofe”, pois o plano conta com aproximadamente 400 mil usuários em Fortaleza, que certamente seriam prejudicados.

O advogado da Associação dos Hospitais, Rogério Scarabe, informou que a Unimed detém 46% de todo o mercado fortalezense. No entanto, na avaliação dele, não existe por parte do plano “um foco no serviço, e sim no lucro".

Scarabe reclamou de procedimentos realizados com o objetivo de direcionar o paciente para o Hospital da Unimed. "Existe um protocolo da Unimed que está acima da autonomia do médico", apontou. "Não podemos aceitar que, ao prescrever, o médico tenha o veto dos planos de saúde”, acrescentou o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (Simec), José Maria Pontes.

O diretor de provimento de saúde da Unimed Fortaleza, Luciano Alencar, afirmou que a questão dos protocolos precisa ser melhor contextualizada. “O protocolo é uma prática da área médica. São levados não como imposição, mas com diretriz”, esclareceu.

O presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Iraguassu Teixeira (PDT), também cobrou solução para o impasse. "Os planos de saúde foram criados exatamente para aqueles pacientes com poder aquisitivo melhor não precisarem procurar o Sistema Único de Saúde (SUS)", salientou.

Participaram da audiência pública o presidente da Associação dos Hospitais do Estado do Ceará, Aramicy Pinto; a responsável pelo Núcleo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no Ceará, Marcilene Batista do Vale; os secretários-executivos do Decon do Estado e de Fortaleza, José Gomes Câmara e João Ricardo Vieira, respectivamente; o defensor público Jorge Beron Rocha; e o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Ce), Eginardo Rolim. Estiveram presentes, também, representantes dos hospitais São Mateus, Otoclínica, Gêneses, São Raimundo, São Carlos e Cura D'Ars e a deputada Fernanda Pessoa (PR).

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