Este ano, 16 policiais foram assassinados no Ceará. A informação foi dada durante a audiência conjunta das comissões de Direitos Humanos e Cidadania e de Defesa Social, realizada, nesta terça-feira (25/10) à tarde, no Complexo de Comissões Técnicas da Assembleia Legislativa (AL). Foram discutidos os casos de violência contra profissionais da segurança pública.
“O nosso objetivo é chamar a atenção da sociedade, dos parlamentares e do governo para esse tema que deveria ser debatido mais frequentemente”, disse o deputado Capitão Wagner (PR), autor do requerimento que deu origem à audiência. Ele lamentou a ausência de representante da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará.
O presidente da Comissão de Defesa Social da AL, deputado Delegado Cavalcante (PDT), disse que os encaminhamentos tirados durante o debate serão remetidos aos recursos humanos dos órgãos de segurança pública do Estado.
A presidente da Comissão de Direitos Humanos da AL, deputada Eliane Novais (PSB), afirmou que o assunto merece uma discussão ampla e mostrou-se solidária ao drama vivido pelas famílias deixadas por esses profissionais que atuam na área de segurança vítimas da violência. “Queremos nos somar a essas categorias”, disse.
Antonio Harley Alencar Alves, representante do superintendente da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas, lamentou as ocorrências, mas garantiu que a maioria dos casos de homicídios tendo policiais como vítimas foi esclarecida e teve seu autor ou atores reconhecidos e presos
Na opinião de Adilina Feitosa, perita geral adjunta da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), a onda de violência está presente no mundo todo. De acordo com ela, isso ocorre porque falta Deus no coração das pessoas. “Se houvesse esse temor a Deus, não haveria tanta maldade”, comentou. Ela pediu para que os presentes não perdessem a fé.
Francisco Xavier Farias Júnior, representante do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpoci), reclamou dos baixos salários e das péssimas condições de trabalho. “Muitos de nós sequer tem tempo para dedicar a uma religião”, disse.
Também participaram da audiência Antonio Marcos Sousa Silva, pesquisador do Laboratório de Estudos sobre a Violência (LEV), da Universidade Federal do Ceará (UFC); representantes da Associação das Esposas dos praças Militares (Polícia Militar e Bombeiro Militar) do Ceará (Assepec); e de outras entidades ligadas aos profissionais de segurança pública.
Fonte: Site Alec
Postada pela Assessoria de Imprensa.
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